Migração de nuvem e ambiente híbrido: empresas brasileiras estão defasadas, aponta estudo

Migração de nuvem e ambiente híbrido

Segundo o estudo Enterprise Cloud Intedex (ECI), que mede o progresso empresarial com a adoção da nuvem, as empresas no Brasil reduziram o ritmo de migração para os ambientes de nuvem e híbrido. A pesquisa mostra que a maioria das equipes de TI utiliza mais de uma infraestrutura de TI, uma tendência que deve intensificar no futuro.

As empresas brasileiras que participaram da pesquisa estão atrás da média nesta pontuação, atualmente e em seus planos de implantação de três anos. A indicação é que as empresas brasileiras estão em fases iniciais de transformação digital e migração para a nuvem.

O aumento da diversidade de infraestrutura, somado a maior ênfase no armazenamento de dados, gerenciamento, segurança e serviços, estão levando todos os profissionais de TI a buscar operações híbridas que transcendam a infraestrutura privada e pública.

Quase todos os entrevistados, incluindo 89% do Brasil, expressaram o desejo de ter um único lugar para ver e gerenciar os muitos aspectos de suas diversas infraestruturas. À medida que esses recursos surgem, os entrevistados terão acesso a ferramentas unificadas que fornecem visibilidade sobre onde todos os dados residem e permitem que as equipes de TI gerenciem e protejam de forma holística aplicações e dados que crescem cada vez mais distribuídos em diversas infraestruturas.

Principais destaques do estudo ECI deste ano para o Brasil:

Empresas ainda usam modelo único. Atualmente, apenas 39% das organizações participantes do ECI no Brasil usam vários modelos de TI, valor substancialmente inferior à média global (60%). Além disso, embora os setores de TI no Brasil indiquem planos para aumentar sua penetração de TI mista – de um até três anos – esses planos ficam atrás dos entrevistados globais do ECI por uma margem de 17 pontos (57% no Brasil e 74% globalmente).

Datacenters tradicionais ainda imperam. Os números indicam que departamentos de TI no Brasil estão em uma fase anterior de suas jornadas de transformação digital e migração para a nuvem do que em outras regiões, com instâncias maiores de datacenters tradicionais ainda por fazer a transição. 79% dos entrevistados do Brasil ainda dependem exclusivamente de infraestrutura de datacenter privado em comparação com 56% da base de pesquisa global.

Desempenho de aplicações e acesso a dados. Esta é a maior consideração de investimento em infraestrutura de TI no Brasil. Quando solicitados a nomear o critério mais importante que orienta seus investimentos em TI, os entrevistados do ECI mencionaram uma gama diversificada de prioridades corporativas. Desempenho, porém, foi o que mais recebeu menções no Brasil (14%), seguido por proteção e recuperação de dados (13%).

Cibersegurança não é prioridade. O fator de decisão predominante no mundo foi a cibersegurança (13%), mas no Brasil apenas 8% mencionaram este fator. As prioridades de TI do Brasil diferem daquelas, em média, nas Américas e nas bases globais de respostas do ECI.

Movimento de aplicações. As organizações brasileiras entrevistadas moveram aplicações entre infraestruturas nos últimos 12 meses, na maioria das vezes por motivos de segurança. Outros motivadores entre as empresas brasileiras de TI também mudaram no ano passado. As considerações de custo caíram cerca de 28 pontos percentuais desde a pesquisa do ano passado, quando 41% citaram o custo como motivo para mover aplicações

Necessidade de plataforma unificada. A maioria dos entrevistados no Brasil (89%), na região das Américas (94%) e no pool global de respostas ao ECI (94%) concorda que ter uma única plataforma para visualizar e gerenciar suas diversas infraestruturas públicas e privadas seria o ideal. As limitações de visibilidade de dados nos ambientes, por exemplo, afetam todos os entrevistados, pois os departamentos de TI não podem gerenciar e proteger o que não podem ver. Enquanto 95% dos entrevistados no Brasil concordam que é importante ter total visibilidade de onde os seus dados residem, apenas 60% relatam ter essa visibilidade, indicando um amplo espaço para melhorias.

Principais conclusões do relatório global de 2023:

59% das organizações utilizam mais de um tipo de infraestrutura de TI e quase todas concordam que ter uma única plataforma para gerenciá-los seria o ideal. A maioria das equipes de TI utiliza mais de uma infraestrutura de TI, seja um mix de nuvens privadas e públicas, múltiplas nuvens públicas ou um datacenter on-premises ou um datacenter hospedado. Esse número deve crescer para 74% no futuro próximo. Entretanto, isto leva a desafios e 94% dizem que se beneficiariam de ter uma plataforma unificada para gerenciar aplicações e dados em diversos ambientes.

94% dos entrevistados querem visibilidade total. Os dados estão impulsionando decisões de infraestrutura para as empresas, com a segurança, proteção e recuperação de dados e a soberania no topo da lista dos principais impulsionadores. Entretanto, a visibilidade é um desafio crescente. Enquanto 94% dos entrevistados concordam que ter visibilidade total é importante, apenas 40% dos entrevistados da ECI relatam ter visibilidade total sobre onde seus dados residem.

O controle de custos em nuvem é um dos principais desafios da gestão de TI. Entre os entrevistados, 85% consideram a nuvem como uma questão desafiadora de gerenciamento de TI, e 34% a classifica como um desafio “significativo”. Especificamente, a migração de aplicações entre nuvens é atualmente um ponto difícil para as organizações, com 86% dos entrevistados concordando que a migração de aplicações entre ambientes pode ser complexa e cara. Além disso, 46% planejam repatriar algumas aplicações para datacenters on-premises para mitigar os custos das nuvens no próximo ano.

96% começaram a usar a orquestração de código aberto Kubernetes. Mas eles citam o projeto e a configuração da infraestrutura subjacente, armazenamento e serviços de database como um dos principais desafios que continuam a enfrentar com suas implantações Kubernetes.

A sustentabilidade é agora uma prioridade de TI. 92% os entrevistados concordam que a sustentabilidade é mais importante para sua organização do que era há um ano. Esta mudança de prioridades é impulsionada principalmente pelas iniciativas de Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG) (63%), interrupções na supply chain (59%) e decisões de compra dos clientes (48%).

O estudo revela que o objetivo das organizações agora é tornar o modelo operacional híbrido mais eficiente, especialmente na gestão de ambientes de TI como um todo. O crescente nível de diversidade nas implantações de nuvem cria uma enorme complexidade no gerenciamento de dados de aplicações. Ferramentas abrangentes que permitem às organizações fornecer, mover, gerenciar, monitorar e proteger aplicações e dados de um único console de maneira uniforme é uma prioridade crescente para a TI.

Nos próximos anos, serão criadas centenas de milhões de aplicações, o que gerará uma quantidade sem precedentes de dados. As organizações estão lutando com a aplicação atual e o gerenciamento de dados desde a borda, passando por diferentes nuvens e no core do sistema. O que o estudo ECI deste ano mostra é que há uma necessidade no mercado global de um modelo de operação em nuvem para ajudar a construir, operar, usar e governar uma multicloud híbrida para suportar todos os tipos de aplicações – começando hoje e planejando para amanhã.

A Vanson Bourne realizou entrevistas em nome da Nutanix, pesquisando 1.450 tomadores de decisão de TI em todo o mundo em dezembro de 2022 e janeiro de 2023. A base de respostas abrangeu várias indústrias, tamanhos de negócios e as seguintes geografias: Américas (incluindo Brasil); Europa, Oriente Médio e África (EMEA); e a região da Ásia-Pacífico Japão (APJ).

Para saber mais sobre o relatório e os resultados, faça o download do quinto Índice Nutanix Enterprise Cloud completo, aqui.

Fonte: tiinside.com.br

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